Desde que o governo federal começou a discutir a legalização dos jogos de azar e das apostas esportivas no Brasil, muitas pessoas têm questionado qual seria o impacto disso na economia do país. Afinal, essa é uma atividade que movimenta bilhões de reais todos os anos em todo o mundo, mas que ainda é proibida por aqui.

Porém, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) decidiu quantificar esse potencial. Em um estudo inédito, a FGV analisou os números do mercado de apostas no Brasil e identificou o quanto poderia ser arrecadado pelo governo com a regulamentação dessas atividades.

O estudo da FGV mostrou que existem cerca de 200 mil estabelecimentos clandestinos de jogos de azar no Brasil, que movimentam mais de R$ 18 bilhões por ano. São bingos, cassinos, máquinas caça-níqueis e outras atividades que não são regulamentadas pelo governo e que acabam sendo alvo de violência e corrupção.

Com a legalização dos jogos de azar, a FGV estima que o mercado poderia crescer significativamente. A projeção é que as apostas esportivas, por exemplo, movimentem R$ 21,8 bilhões por ano, gerando uma arrecadação de R$ 2,2 bilhões em impostos.

Isso sem contar com os cassinos e outras atividades, que poderiam gerar até R$ 25 bilhões em arrecadação de impostos. Ou seja, a legalização das apostas poderia contribuir significativamente para o crescimento econômico do país.

Claro que essa legalização precisaria ser feita com critério e responsabilidade, para garantir que essa atividade seja regulamentada e controlada pelo governo. Além disso, é importante lembrar que as apostas esportivas já são uma realidade em muitos países, e que os brasileiros já consomem esses serviços por meio de sites estrangeiros.

Ainda assim, os números apresentados pela FGV são um bom argumento para que o governo federal assuma essa discussão de forma mais séria. A regulamentação das apostas e dos jogos de azar pode trazer benefícios econômicos para o país e ajudar a combater o crime e a corrupção que envolvem essa atividade ilegal.

Portanto, é fundamental que as autoridades brasileiras estejam atentas aos dados apresentados pela FGV e que busquem formas de regulamentar o mercado de apostas no Brasil, de forma a benefícios para a sociedade como um todo. Não só em termos de arrecadação de impostos, mas também de geração de empregos, desenvolvimento de tecnologias e até mesmo de movimentação do turismo.